A gente sabe toda a força que o desejo tem?

Se a gente pudesse descrever o desejo, seria algo como força motriz, o que move.

Lembra que falamos em nosso último texto sobre se reconhecer e reconhecer seus desejos? E sobre faltas?

Aqui eles continuam conversando, na medida em que entendo meus desejos a partir também das minhas faltas. E por que é importante entender o desejo? O risco de não compreendê-lo é preencher essa falta com algo sem sentido. Já viu ou viveu uma relação atrás da outra que você nem entendia muito bem o que estava acontecendo? Ou fez aquelas milhares de comprinhas online que, apesar do alívio momentâneo, deixou logo de fazer sentido? Saber sobre seu desejo é saber o que te move. De outro lado, a alienação do desejo te coloca em um lugar de submissão aos desejos dos outros. Te causa apatia, desorientação.

Ter uma relação daquelas de comercial de margarina é um desejo seu ou algo imposto socialmente? O seu curso de graduação faz sentido para você?

Em outras palavras, você está sendo sujeito da sua vida? Ou está respondendo às demandas? Já refletiu sobre isso?

O título do texto é referência a música “penso no lar”, do grupo Clareou. Que tal ouvir um sambinha que fala sobre o desejo e demanda para pensar sobre?


imagem: Susano Correia