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Atletas de alto rendimento: o que a Psicologia tem a ver com isso?

Grupo Reinserir

Primeiro, a gente precisa começar esse texto parabenizando os atletas brasileiros que, sem estrutura e incentivos, conseguem se colocar e destacar nas provas. 

As olimpíadas de 2021 e o caso da Simone Biles nos colocaram a pensar sobre saúde mental das pessoas que praticam esportes profissionalmente. A ginasta, após cometer um erro em uma das provas, renunciou à sua participação na competição. E onde entra a psicologia nisso? Assim como em muitas outras áreas, a psicologia serve para contribuir no processo de tornar os sujeitos mais produtivos e no esporte isso não é diferente. Psicologia orientada para alcançar um alto rendimento e desempenho é saúde mental? Não, não é!

A profissão não pode seguir contribuindo para essa lógica de produção e competitividade imposta pelo modelo de sociedade em que vivemos: o capitalismo. Não podemos servir para a desumanização e, consequentemente, para o adoecimento. O caso de Simone não é um excesso, um caso isolado. Precisamos repensar nossa relação com os esportes e como ele é encarado na sociedade em que vivemos. 

Na imagem: Rebeca Rodrigues de Andrade, ginasta artística brasileira.