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Chana com chana: sobre saúde sexual

Grupo Reinserir

Essa série nasceu de uma conversa entre amigas, quando uma delas me perguntou o motivo de não deixar a unha crescer e/ou usar esmalte com frequência e na surpresa ao saber se isso estava muito longe de ser por alguma questão estética ou de um rompimento com a dita “feminilidade”, mas dizia de um cuidado com a saúde sexual.

Contei para ela também que, em uma das conversas com a psicóloga do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), enquanto realizava testes de ISTs, ela me relatou que não existia a opção “lésbica” para preencher do campo de sexualidade, pois acreditavam que não apresentavam “riscos ou taxa alta de transmissão”. Essas desinformações tem para gente, pessoas com vagina que se relacionam com outras pessoas com vagina, outro nome: violação de saúde e negligência aos nossos corpos.

Nos deparamos com uma série de relatos de pessoas com mais de 20 anos que nunca fizeram exames simples, como um hemograma, por não ter o nome alterado (no caso da população T). E de ter sua vida sexual desvalidada ao serem questionades sobre a importância de realizarem algum exame preventivo, já que sexo sem a presença de um pênis não é considerado sexo. E mais, você sabia que não existe nenhum método de prevenção para as ISTs e o máximo é um aconselhamento de uso de (pasmem) papel filme ou cortes de camisinhas? E é através dessa desconsideração aos esses corpos que surgem a necessidade de, aqui, expor para vocês algumas das informações e denúncias no que tange a sexualidade de pessoas com vagina que se relacionam com outras pessoas com vaginas (sim, porque isso não é só sobre mulheres).

#paratodosverem essa publicação possui texto alternativo.

Texto alternativo: do lado esquerdo da imagem com fundo branco escrito no título em letras pretas “chana com chana” logo abaixo “ferro’s bar, 19 de agosto: um vitória contra o preconceito” no cartaz um grupo mulheres reunidas.