"Eu inventei você": sobre projeções.

Não tem como fugir, a projeção faz parte da experiência humana. Sabe quando a gente pega nossas questões e transfere para o outro? Então, projeção. E quantas vezes ela nos coloca em enrascadas, hein? Quando a gente menos espera, um comentário, um post, um story, uma fala, um comportamento do outro se torna sobre a gente. Ela gera conflitos, paixões, rompimentos e cria coisas sobre nós que no fundo nunca foram, e, ah, esse poder que só a projeção tem: de nos colocar no centro das situações. A projeção é, também, ferramenta importantíssima para a gente se debruçar nas nossas próprias histórias, nas nossas próprias inseguranças, nos nossos medos, nas nossas felicidades.

Veja esse causo:
Dia desses estava no hospital veterinário e recebi uma mensagem, seguida de uma outra mensagem de uma amiga. Na correria, não respondi. No próximo dia recebo outra mensagem dessa mesma amiga me perguntando se eu achava ela chata. Em um primeiro momento estranhei, mas ao conversar com ela, ela me conta que tem dias que estava se sentindo assim, chata. Veja, isso estava longe de ser sobre mim ou sobre a demora em responder. Ela sobre ela, sobre como estava se sentindo e suas inseguranças nas relações. Percebe?

De Fresno feat Tuyo (eu inventei você), passando por FBC (não dá pra explicar) e parando em Marília Mendonça (de quem é a culpa?). A projeção está na música, na experiência do ser humano, nessa loucura de ser gente.

Mas,
Quanto mais a gente se conhece, mais a gente tem consciência de nós, mais entendimento e ferramentas temos para perceber nossas projeções. E menos chance temos de cair nessas ciladas. Mais fácil é desatar esse nó.

Imagem de wantcoentro