Voltar aos artigos

Proibicionismo: não funcionou nem quando Deus tentou

Grupo Reinserir

É isso mesmo! Lembra da história da maçã proibida do jardim do Éden? Bem, o final já sabemos, né? Proibir não funciona. 

Esse é o último texto da nossa série introdutória sobre uso de drogas e práticas de cuidados. De lá pra cá aprendemos que a relação da humanidade com as substâncias psicoativas é tão antiga quanto a própria civilização, no entanto, a ideia de proibir essas substâncias só aconteceu há menos de 100 anos atrás. E hoje em dia é importante perguntar a quem serve a lógica proibicionista.

Por aqui sabemos que serve ao encarceramento e o genocídio em massa da população pobre, preta e periférica do nosso país. É só pensar quais são as drogas legais e as ilegais.  E quem são as pessoas que são penalizadas por seus usos. Pensou ai? A “moral”, os “bons costumes” e tudo que sabemos sobre a proibição de drogas tem endereços destinados.

Você já viu notícias de invasão de raves ou em grandes festivais de música sertaneja? Cenas que são habituais em bailes funks. E deixa eu contar um segredo: em todas elas existe o uso de drogas. O que então tem de diferente nessas festas? Agora dá para entender que essa prática serve a outros interesses. A tentativa da proibição de drogas, no nosso processo histórico, nunca funcionou.

O que temos como resultado disso é uma guerra destinada a certos corpos e um uso de substâncias com qualidade extremamente duvidosa. O caminho que buscamos aqui é apostar na construção de práticas coletivas e políticas públicas. Cuide de você e de quem usa drogas com você ;)

Quer saber mais? O Henrique Carneiro em seu livro “Drogas: A História do Proibicionismo” faz um compilado da história do proibicionismo no Brasil e no mundo.