Quais são as relações que te protegem?

Quem realmente está ao seu lado quando o mundo te coloca à margem? Esse é um questionamento essencial, especialmente para quem, por ser negro, LGBTQIA+, PCD ou qualquer outra identidade fora da norma, vive em um mundo que raramente oferece segurança. A sensação de proteção é algo que muita gente toma como garantido – mas e quando as relações ao seu redor falham em te proteger?

Você já se perguntou o quanto suas escolhas realmente consideram a segurança e o conforto dos seus amigos? Na hora de escolher um local para um encontro ou uma viagem, você pensa se haverá acessibilidade para aquele amigo com deficiência?
Quando planeja uma festa ou evento, você se questiona se o ambiente será seguro e acolhedor para amigos negros ou LGBTQIA+?

Essas questões expõem um abismo entre a aparência de amizade e o cuidado genuíno. Não basta afirmar que “todos são bem-vindos”. Para que a proteção e o acolhimento sejam reais, é preciso um esforço ativo, um olhar crítico sobre como os espaços e as dinâmicas das relações podem impactar cada um de forma diferente. A segurança de estar em um lugar onde a acessibilidade e o respeito à diversidade foram considerados deveria ser o básico, não uma exceção.

Então, quem te protege – ou melhor, quem você protege? Esse é um chamado para questionar até que ponto as relações ao nosso redor são seguras, significativas e inclusivas. Porque amigos que realmente se preocupam não ignoram as vulnerabilidades dos outros; eles as consideram parte fundamental de qualquer convivência. As respostas talvez revelem o quanto ainda temos a caminhar para construir relações que verdadeiramente abracem, respeitem e protejam.

Arte: @themba_maziya